Porque tive fome, e Me destes de comer; tive sede, e Me
destes de beber; era forasteiro, e Me hospedastes; estava nu, e Me vestistes;
enfermo, e Me visitastes; preso, e fostes ver-Me. Mateus 25:35, 36
Um capelão do
exército se aproximou de um soldado ferido no campo de batalha e lhe perguntou
se ele gostaria de ouvir alguns versos da Bíblia. O ferido respondeu: “Não,
estou com muita sede, e prefiro beber um pouco de água.” O capelão lhe deu de
beber e então repetiu a pergunta. “Não, senhor, agora não. Mas poderia fazer-me
o favor de colocar algo em baixo da minha cabeça?” O capelão atendeu ao pedido
e novamente repetiu a mesma pergunta. “Não”, respondeu o soldado, “sinto frio.
O senhor poderia me cobrir?”
O capelão tirou o
casaco e cobriu o soldado. Receoso de fazer novamente a mesma pergunta, ele fez
menção de ir embora, mas o soldado o chamou: “Senhor, se há alguma coisa nesse
seu livro que leva uma pessoa a fazer pela outra o que o senhor fez por mim, eu
gostaria de ouvir.”
É possível que muitos
de nós estejamos ansiosos demais por testemunhar nossa fé, fazendo visitas
missionárias, oferecendo estudos bíblicos, pregando e doutrinando. Mas antes de
atender às necessidades espirituais é preciso atender às necessidades físicas.
Lembro-me de um professor de teologia que dizia em suas aulas: “Ninguém aceita
o evangelho de barriga vazia.”
Na parábola das
ovelhas e dos bodes (Mt 25:31-46), Jesus ensinou que Deus nos julgará segundo
nossa reação para com os necessitados. O julgamento de Deus não se baseará no
conhecimento, na fama ou fortuna que tivermos adquirido, mas na ajuda que
tivermos prestado
.
É interessante notar
que essa ajuda tem que ver com as coisas simples da vida, que estão ao alcance
de todos – dar um prato de comida ao faminto, um copo-d’água ao sedento, hospedar
o estrangeiro, visitar o enfermo ou prisioneiro. Não se trata de doar uma
fortuna e ter o nome registrado nos anais da história, mas de prestar uma ajuda
simples a pessoas que encontramos no nosso dia-a-dia.
Há pessoas que só
ajudarão se houver publicidade e reconhecimento. Mas essa atitude não provém de
um coração generoso e desinteressado. É, antes, uma forma disfarçada de
egoísmo. Cristo disse: “Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante
de ti, como fazem os hipócritas” (Mt 6:2).
Os atos de bondade que Deus aprova são aqueles praticados pelo prazer de ajudar, e não para se obter algo
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