Com coragem e persistência, criou pontes de solidariedade entre o seu país e a África.
Ryan Hreljac nasceu no Ontário, no Canadá, em 1991.
Quando tinha 6 anos, uma conversa com a professora da escola
primária mudou-lhe a vida. Ela falou na aula das pessoas pobres de África. Contou, entre outras coisas, como elas passam por grandes dificuldades para disporem de água potável e terem acesso a poços.
Acrescentou ainda a professora que, sem água potável, as pessoas, e especialmente as crianças, podem ficar doentes e, até, morrer.
Ryan, apesar de ter 6 anos e muita vontade de brincar,
naquele dia ia a caminho de casa a pensar. Passava em frente de um fontanário em que a água estava horas e horas, sem parar, a correr.
E, lá na África, as crianças da sua idade tinham de andar quilómetros e quilómetros, durante horas, para levar uns cinco litros de água para casa.
Foi ter com a mãe e disse-lhe:
– Mãe, quero comprar um poço de água para as crianças de África. A professora disse que custava 70 dólares.
Mas a mãe não lhe deu o dinheiro sem mais. Combinou com o filho que ele fazia algumas tarefas em casa e que receberia por isso.
Quando juntou os 70 dólares, Ryan foi com a mãe à sede da WaterCan, uma ONG que perfura poços em África. Ao ser atendido, ele recebeu uma novidade que podia tê-lo
assustado: abrir um poço não custava 70 dólares, mas dois mil dólares.
E a mãe também lhe disse:
– Filho, não posso dar-te todo esse dinheiro, nem que limpasses a casa toda a vida.
Mas o pequeno Ryan não se rendeu. E prometeu ao senhor que os atendia:
– Vou voltar!
Ryan animou os irmãos, vizinhos e amigos a trabalhar como ele. Com horas de trabalho e venda de produtos, entre todos, conseguiram juntar 700 dólares. E Ryan foi ter com a WaterCan triunfal. E a ONG canadiana comprometeu-se a juntar o que faltava. Em 1999, a WaterCan abriu o poço financiado por Ryan Hreljac, os seus irmãos, vizinhos e amigos, numa aldeia do Norte do Uganda. A água começou a jorrar perto da escola primária de Angolo. Nesse mesmo ano, Ryan Hreljac criou a fundação Ryan’s Well (o Poço de Ryan). Desde então já permitiu a mais de quinhentas mil pessoas terem acesso a água potável. Agora com 19 anos, Ryan continua a recolher fundos e a viajar por todo o mundo solicitando apoios.
Ele diz que, a partir o momento em que começou a fazer algo pelas crianças de África, entendeu a razão de ter nascido:
– Esta experiência ajudou-me muito. Aprendi que somos todos iguais.
Aprendi que as crianças precisam de certas coisas para viverem com saúde e felizes, independentemente do lugar onde vivem. Precisam de alimentos suficientes para comer e de água para sobreviver. Precisam de ter condições para ir às aulas e oportunidades para
brincar e divertir-se. Robustos e bem preparados, também eles poderão ajudar a Humanidade inteira. E, de facto, foi o que aconteceu com os alunos e restante pessoal da escola primária de Angolo, no Uganda. Decidiram que também eles podiam partilhar algo. E, voluntariamente, durante cinco dias, no horário pós-escolar, vão ajudar os idosos e os doentes com sida.
Há crianças que lhe perguntam o que podem partilhar, se têm apenas o mínimo. E Ryan responde com a sabedoria que aprendeu da atitude da mãe quando ele tinha 6 anos:
– Dá apenas um pedacinho. Pensa no que tens, no que queres e
naquilo de que precisas realmente… e terás a resposta.
1 comentário:
Irmãos, sou adventista recém batizada e pretendo ser missionária além Brasil. Gostaria do contato de missionários adventistas na África e saber sobre os projetos da Igreja para esse continente.
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