When

Pouco a Pouco

Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que
ajunta à força do trabalho terá aumento
.
Prov. 13:11.

O maior roubo da história foi executado em Knightsbridge, em
Londres (Inglaterra) a 12 de Julho de 1987por dois homens que entraram num banco com a desculpa de alugar um cofre. Só que ninguém reparou que eles estavam armados com pistolas. Assim foi muito fácil dominarem o gerente e os seguranças e levar os 112,9 milhões de dólares para casa. Para não serem incomodados durante o assalto, penduraram placas a dizer que o banco estava fechado temporariamente.

O texto de hoje descreve a fragilidade ou a inutilidade do dinheiro ganho facilmente.
As pessoas sábias seguem um caminho muito melhor, obedecem ao conselho divino. O conselho de Deus hoje, na Nova Versão Internacional da Bíblia, diz: “O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais.”
Há duas expressões que devem ser consideradas: “trabalho” e “aos poucos”. O trabalho é um dos poucos caminhos honestos para conseguir dinheiro.
Outros poderiam ser a herança ou algum presente oferecido por amor. Pede a Deusforça, saúde, iniciativa, diligência e sabedoria, como fez Salomão. O trabalho é a maior bênção outorgada por Deus ao ser humano.
A expressão “aos poucos” é talvez a mais difícil de ser compreendida e aceite. A natureza humana é apressada e imediatista. Quer tudo hoje, aqui e agora. Talvez por causa da fugacidade e fragilidade da própria vida. Quem sabe pela ansiedade atrelada ao desejo de realização imediata. Não importa.
A realidade é que não temos paciência para esperar.
A expressão “aos poucos” não se encaixa na vertiginosa maneira de ver a vida. E, no entanto, o
plano divino para o ser humano está determinado pelo “aos poucos”.
Não cresces de um dia para outro. Não emagreces como resultado de uma fórmula mágica. Não envelheces num dia, nem te curas num minuto. Nada acontece em fracção de segundos. A vida e a natureza estão assinaladas pelo “aos poucos”. Só desse modo se constrói um império.
Senhor, ensina-me a ser paciente, a ver nascer e morrer o sol de todo dia.
Ensina-me a viver hoje, cumprir minha missão agora e a esperar que os resultados apareçam naturalmente. Faz tua esta oração, porque “os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento”.

O Apelo Pastoral de Paulo

Na lição da semana passada concluímos da seguinte
maneira: “Em Cristo fomos adotados na família de Deus como Seus filhos e filhas.
Como filhos de Deus, temos acesso a todos os direitos e privilégios inerentes a uma tal relação de família. Seria loucura relacionarmo-nos com Deus com base em regras e regulamentos. Seria como um filho pretender renunciar à sua posição e herança a fim de se tornar um escravo.” “Nós somos herdeiros de Deus, não por mérito próprio, mas devido à Sua graça.” Não desperdicemos a oportunidade de fazermos parte da família adoptiva de Deus, que possamos entregar o nosso coração a Deus e que possamos dizer “Eu quero ser herdeiro de uma nova vida e de uma vida eterna.”
Esta semana temos por título “O Apelo Pastoral de Paulo”. Vamos analisar um apelo da parte de Paulo muito amoroso e ao mesmo tempo preocupado. Paulo não queria que os falsos ensinadores influenciassem a vida dos Galácios negativamente.
Comecemos por ler Gálatas 4:12-20. Temos a oportunidade de ler o apelo pastoral da parte de Paulo para corrigir a igreja de um erro doutrinário. E porque é que Paulo faz este apelo? O que mais motiva Paulo a faze-lo era o grande amor que este tinha pelas pessoas e queria também que todos pudessem desfrutar da alegria da salvação. Paulo nutria esse sentimento e esse desejo de uma forma tão grande que diz em Gálatas 4:12 “Irmãos, rogo-vos...” e a palavra “rogo-vos” vem do grego deomai. Na verdade Paulo estava a suplicar. O objectivo de Paulo “não estava a procurar pequenas alterações nos Gálatas, mas uma transformação de tal maneira que vê-los seria Cristo”.
Vemos agora Paulo a desafiar os Gálatas para que “...sejais como eu...”.
Porque é que Paulo coloca este desafio? O que Paulo na verdade desejava era que os Gálatas fossem como ele na fé e confiança unicamente em Jesus Cristo para a salvação e não nas próprias obras. Paulo queria que eles fossem como ele em relação a dar mais valor num íntimo relacionamento com Cristo do que ao comportamento pois o comportamento é fruto de um relacionamento íntimo com Cristo. “ele fala de ser, não de fazer, Porquê? O problema em Gálatas não foi de comportamento vergonhoso ou de estilo de vida imoral, como tinha sido na Igreja de Corinto. A questão na Galácia tinha as raízes na própria essência do Cristianismo. Tinham mais a ver com “ser” do que com “agir”. Paulo não lhes estava a dizer façam como eu mas sejam o que eu sou.”
Mas sabemos que para Paulo fazer esse apelo, ele mesmo teve primeiro de se identificar com os Gálatas. “...embora o evangelho continuasse o mesmo, o método de Paulo variava consoante as pessoas que ele procurava alcançar.” Não quer com isto dizer que ao nos identificar-mos com alguém vamos pecar ou cometer os erros dessa pessoa mas sim adequar a mensagem à cultura/costumes aos dos ouvintes. Vemos na lição que “ele acreditava que havia limites até onde alguém deveria ir na contextualização do evangelho. (...) embora sendo livre para tentar chegar por diferentes maneiras a Judeus e a Gentios, essa liberdade não inclui o direito de viver um estilo de vida sem a lei.”
Em I coríntios 9:19-23 vemos que Paulo nos tenta ensinar que devemos contextualizar a mensagem de acordo à necessidade, capacidade do ouvinte.
“Nas igrejas da Galácia, o erro estava a suplantar a mensagem do evangelho, de forma aberta a descarada. Cristo, o verdadeiro fundamento da fé, tinha sido virtualmente renunciado a favor das obsoletas cerimónias do Judaísmo. Para que os crentes da Galácia fossem salvos das perigosas influências que os ameaçavam, o apóstolo viu que deviam ser tomadas as mais decisivas medidas, dadas as mais penetrantes advertências.” “Tendo apresentado uma série de argumentos pormenorizados e teologicamente sofisticados, o apóstolo Paulo faz agora um apelo mais pessoal e emocional aos Gálatas.
Roga-lhes que ouçam o seu conselho, lembrando-os do relacionamento positivo que em tempos partilham e do genuíno amor e interesse que ele sente por eles como seu pai espiritual.” “Ele não estava simplesmente a corrigir teologia: estava a procurar ministrar em favor daqueles a quem amava.”
Que Deus te abençoe grandemente e não te esqueças, estuda sempre a tua lição ;)

R.M.


Aqui é seu lugar

De Escravos a Herdeiros

Como podemos passar de Escravos a Herdeiros?
Vamos estudar isso mesmo nesta Lição número oito.
Comecemos por ler Gálatas 3:26. De que modo este texto nos ajuda a compreender qual é a nossa relação com a Lei, agora que fomos remidos por Jesus?
Tal como vimos na semana passada, no versículo 25 do capítulo 3 de Gálatas lemos a palavra “aio”.
O que é que o “aio” fazia?
Se estivermos bem recordados sabemos que “A palavra traduzida por “aio” (...), deriva da palavra grega paidagogos. (...) o paidadagogos também era responsável por se assegurar de que os filhos do seu senhor iam à escola e faziam o respectivo trabalho de casa.”
A Lei desempenha um papel na vida de cada um de nós parecida ao do aio. Mas assim como o aio terminava as suas funções quando as crianças atingiam a maior idade, a lei também cessa as suas funções após nos ter conduzido a Cristo. Claro que a Lei não desaparece, mas “Paulo diz que aqueles que chegam à fé em Cristo, já não são menores; o seu relacionamento com a Lei mudou porque agora são “filhos” de Deus adultos.”
Com a vinda de Cristo e com a fé que cada um de nós tem n’Ele nós somos justificados das faltas que cometemos.
A Lei continua a indicar-nos o caminho, mas não tem qualquer tipo de puder condenatório. Aquele que está ligado a Cristo por meio da fé recebe pela graça de Cristo a justificação e já não está sob a condenação da Lei. Assim sendo se Cristo faz parte da minha vida a Lei não terá o efeito condenatório porque quem vive em mim é Cristo Jesus.
Agora que importância tem o batismo na vida de cada um de nós?
O Versículo 27 de Gálatas 3 diz-nos “pois todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo.” O que é que isto nos quer dizer?
Nós ao sermos batizados estamos como que a permitir que Deus nos cubra a sua nudez com as suas vestes. “Paulo considera o batismo como o momento em que Cristo, como uma veste, envolve o crente.”. O batismo é um pacto, um compromisso que fazemos com Deus. A partir do batismo, para Deus, a nossa vida passada está enterrada, como se nada tivesse existido.
“A nossa união com Cristo, simbolizada através do batismo, significa que aquilo que é verdadeiro a respeito de Cristo é também verdadeiro a nosso respeito.”.
Sabemos que agora os crentes vão adquirir um estatuto, não por seus próprios méritos, mas sim pela redenção em Cristo Jesus. E que estatuto é esse? O que Paulo nos diz é que por meio da redenção de Cristo nós somos feitos filhos adotivos de Deus.
Como nos diz a lição “...adopção era um procedimento legal bem conehcido no mundo greco-romano.”
A lição ainda refere alguns privilégios da adopção tais como: o filho adoptivo tornava-se um verdadeiro filho; o adoptante tinha de educar correctamente a criança e prover as suas necessidades; o adoptante nao podia ser repudiado; a criança não podia ser usada como escrava; os pais naturais não tinham nenhum direito de reclamar a criança de volta. Eram estes os privilégios da criança adoptada já nos tempos dos gregos e romanos. Paulo usa este exemplo para nos dizer que cada um de nós temos todos estes direitos diante de Deus, que um filho tinha quando era adoptado por alguém, graças a Cristo Jesus. Temos o direito de ser considerados verdadeiros filhos como o próprio Jesus é o filho de Deus, temos o direito de ser cuidados e protegidos por Deus e temos o direito de herdar a herança que Deus possa ter.
“Em Cristo fomos adotados na família de Deus como Seus filhos e filhas. Como filhos de Deus, temos acesso a todos os direitos e privilégios inerentes a uma tal relação de família. Seria loucura relacionarmo-nos com Deus com base em regras e regulamentos.
Seria como um filho pretender renunciar à sua posição e herança a fim de se tornar um escravo.”
“Nós somos herdeiros de Deus, não por mérito próprio, mas devido à Sua graça.”
Não desperdicemos a oportunidade de fazermos parte da família adoptiva de Deus, que possamos entregar o nosso coração a Deus e que possamos dizer “Eu quero ser herdeiro de uma nova vida e de uma vida eterna.”
Que Deus te abençoe grandemente e não te esqueças, estuda sempre a tua lição ;)
R.Melo

Tan Solo He Venido - Juan Luis Guerra


Não vim pedir-te
Como de costume, Senhor
Mas antes de clamar a Ti
Tu já conheces a minha petição…

… Simplesmente vim
Para estar contigo
Para ser Teu amigo
Para partilhar com o meu Deus

Adorar e dar-Te graças
Para sempre obrigado
Pelo que fizeste, Senhor
Comigo…

A Ciência e o Cientista

Aconteceu em 1892. Um senhor de 70 anos viajava de comboio, tendo a seu lado um jovem universitário que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta.
Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimónia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita nesse livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião.
Somente as pessoas sem cultura ainda acreditam que Deus tenha criado o mundo em seis dias.
O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão e eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do casaco e deu o seu cartão ao universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba.
No cartão estava escrito:
Professor Doutor Louis Pasteur – Diretor do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.

“Um pouco de ciência afasta-nos de Deus. Muito, aproxima-nos” (Louis Pasteur).

O Caminho Para a Fé


Na lição seis finalizamos dizendo o seguinte: “a Lei que Deus deu a Moisés no Sinai não invalidou a promessa de Deus. Aprendemos também que a Lei foi dada com o intuito das pessoas terem consciência da verdadeira grandeza do pecado. O reconhecimento do pecado fazia que as pessoas tivessem a necessidade de Deus. Que nós possamos esvaziar-nos do “eu” e dar esse lugar a Deus.”
“O caminho para a fé” é este o título da lição da Escola Sabatina número sete. Como o próprio título indica vamos ver e aprender o caminho que nos leva à fé. Se tivermos em consideração que Jesus disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (João 14:6) e se tivermos em conta que a fé vai para além do crer mas sim baseado numa relação com alguém, numa aceitação mental de Deus poderemos certamente afirmar que este Jesus é a pessoa que está interessado em nos revelar o caminho para obtermos um relacionamento com Ele.
“A lei é contra as promessas de Deus?” (Gálatas 3:21). Foi esta a pergunta feita por Paulo aos seus opositores. E porquê? Paulo sabia que os seus comentários poderiam ser entendidos como uma visão depreciativa em relação à lei pelos seus adversários e Paulo faz esta pergunta retórica à qual responde “...De modo nenhum. Pois se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.” (Gálatas 3:21). O que é que isto quer dizer? Sabemos porém que o mesmo Deus que deu a promessa da salvação também nos deu a lei e jamais poderá haver oposição uma em relação à outra porque a fonte é a mesma, Deus não se contradiz a si mesmo. Ambas têm a sua função na salvação. A lei (tal como referido na última lição) “foi dada com o intuito das pessoas terem consciência da verdadeira grandeza do pecado.”. A promessa oferece-nos a salvação por intermédio da fé em Cristo Jesus. É a promessa de que viria um Salvador e consoante a confiança que cada um de nós depositaria no Salvador poderíamos ser vivificados espiritualmente. Tal como Paulo nos diz “De modo nenhum.” poderá haver oposição. Uma mostra a nossa condição e a outra resolve-a.
Nós vemos que os Judeus opositores de Paulo tinham um conceito errado sobre a lei. E que conceito era esse? Tal como já temos vindo a estudar estes Judeus acreditavam que a lei era capaz de lhes dar a salvação. Eles estavam baseados nos cinco primeiros livros da Bíblia. Podemos ler que “Portanto os meus estatutos e os meus juízos guardareis, pois o homem que os cumprir, por eles viverá. Eu sou o Senhor.” (Levítico 18:5) e eles diziam que se esta promessa estava escrita, então é esta a promessa que nós reclamamos. A promessa era verdadeira mas isso implicaria uma obediência perfeita à lei. E como estudamos na lição número quatro, vimos que : “O Ponto que Paulo defende é que, independentemente de quão rigorosamente alguém tente seguir e obedecer à Lei de Deus, a nossa obediência nunca será suficientemente boa para Deus nos justificar, para nos declarar rectos diante de Deus (...) Paulo anuncia que isso é impossível pois isso implicaria uma observância perfeita desde o momento em que nascemos, até ao momento em que morremos e isso é impossível. Jesus foi o único a conseguir justificar-se pelas obras da lei.” Somente pela fé seríamos justificados em Cristo Jesus.
“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados.” Paulo dá à lei um papel de professor. “A palavra traduzida por “aio” (...), deriva da palavra grega paidagogos. (...) o paidadagogos também era responsável por se assegurar de que os filhos do seu senhor iam à escola e faziam o respectivo trabalho de casa.” A Lei foi ordenada por Deus para o ser humano para nos alertar para o mal que fazemos.
A lei funciona como uma espelho. Quando nos levantamos de manhã e nos vemos ao espelhos conseguimos ver o que está mal connosco (por ex.: temos a barba por fazer, cabelo por pentear, etc). Mas o espelho só nos diz o que está mal e mostra o que temos de corrigir, o espelho não corrige por si próprio. Precisamos de algo mais para transformar o que está mal.
“A lei foi dada para apontar aos pecadores a sua necessidade de Cristo. Como aio, ela faculta instrução acerca de Deus e da protecção contra o mal. No entanto, como um disciplinador, ela também aponta a nossa pecaminosidade e faz soar a condenação. Cristo liberta-nos da condenação da lei e escreve essa Lei no nosso coração.”
Que Deus te abençoe grandemente e não te esqueças, estuda sempre a tua lição ;)

Ready to Fly

Como Atua o Amor

Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita. S. Mat. 6:2 e 3



Perguntaram certa vez a Ernest Shackelton, famoso explorador britânico da Antártica, qual tinha sido o momento mais terrível que ele passara no continente gelado. Alguém poderia pensar que ele contaria a história de alguma tempestade polar, mas não foi isso. Contou que seu mais terrível momento veio certa noite quando ele e seus homens estavam amontoados numa cabana de abrigo, tendo sido distribuídas as últimas porções de alimento.
Enquanto seus homens dormiam profundamente, Shackelton permanecia acordado, com os olhos semicerrados. De repente, viu um movimento sorrateiro de um de seus homens. Olhando naquela direção, ele viu que o homem furtivamente ia na direção de outro e retirava um pacote de biscoitos da mochila de seu companheiro. Shackelton ficou chocado! Até aquele momento, ele teria confiado a própria vida àquele homem. Agora tinha as suas dúvidas.
Mas então, enquanto observava, percebeu que o homem abria seu próprio pacote de biscoitos, tirava de lá o último bocado de alimento, colocava-o no pacote do outro homem e o recolocava na mochila do companheiro.
Ao narrar a história, Shackelton disse: "Não ouso dizer o nome daquele homem. Acho que seu gesto foi um segredo entre ele e Deus."
É assim que acontece com o tipo de amor de que a Bíblia fala. Ele não realiza boas obras para ser visto pelos homens. Henry Drummond, grande pregador inglês, disse: "Depois de ter andado pelo mundo inteiro fazendo suas belas obras, o amor esconde-se, até de si mesmo."
O coração humano anseia por reconhecimento. Não deseja que permaneçam ocultas as suas boas ações - e é aí que muitos caem na armadilha de Satanás! Depois de que Deus efetua em nós "o realizar, segundo a Sua boa vontade" (Filip. 2:13), o tentador aparece e leva-nos a vangloriar-nos das maravilhosas coisas que fizemos.
Qual é a solução?
Fixa a mente em Jesus e continua a permitir que Deus efetue a Sua boa vontade através de ti.

A Prioridade da Promessa

Na lição número cinco vimos que “Do princípio ao fim da vida cristã, o fundamento da nossa salvação é a fé unicamente em Cristo. Foi por causa da fé de Abraão nas promessas da Deus que Ele foi considerado justo(...) a única razão por que não somos condenados pelos nossos erros é o facto de Jesus ter pago o preço dos nossos pecados ao morrer em nosso lugar.”
“A Prioridade da Promessa” é o título da lição desta semana.
Comecemos na lição de Domingo com a leitura de Gálatas 3:15 que diz “Irmãos, falo como homem. Se o testamento de um homem for confirmado, ninguém o anula nem lhe acrescenta alguma coisa.” O que Paulo está a argumentar é que da mesma maneira que Deus prometeu ou “fez um contrato” salvar a Abraão e a sua descendência através de Cristo, a lei que viera 430 anos depois ela não podia quebrar essa promessa. A promessa de Deus é em salvar através da fé e se assim o for essa mesma promessa de Deus não poderá ser alterada pela lei. Quando Paulo nos diz que “... a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma que venha a abolir a promessa.” Ele está a referir-se à lei escrita, quando esta mesma foi dada no monte Sinai por Deus a Moisés. O objectivo dessa lei que tivera sido acrescentada foi para demonstrar ao povo o quanto eles eram pecadores e o quanto eles precisavam da salvação vinda de Deus. Paulo faz esta demonstração para mostrar aos Gálatas que antes da obediência vem a Graça de Deus. O verdadeiro objectivo de Paulo era ensinar que a salvação não depende das obras mas sim da promessa de Deus fez em salvar o ser humano. Mas será que isso quer dizer que a lei de Deus não é importante? Romanos 3:31 dá-nos uma resposta “anulamos pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes confirmamos a lei.” A própria lição diz o seguinte “Se a justificação pela fé abolisse a Lei, então não havia necessidade da morte expiatória de Cristo para libertar o pecador dos seus pecados e, por esse meio, restaurá-lo a um estado de paz em Deus.” “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para cumpri-los.” (Mateus 5:17).
Apesar de nós sabermos que Paulo na carta aos Gálatas seja contra a observância de lei como meio para a salvação ele mesmo reconhece em Romanos 3:31 que de forma alguma o evangelho anula a lei. “A Lei não se destinava a ser uma espécie de programa para se “ganhar” a salvação. Pelo contrário, foi dada, diz o apóstolo, para “aumentar mais o pecado”; isto é, para nos mostrar mais claramente o pecado da nossa vida.
Lemos em Gálatas 3:19 “...Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem a promessa tinha sido feita...” Queria Paulo com isto dizer que a lei seria anulada com a segunda vinda de Cristo? De maneira nenhuma. Quando Paulo nos diz “... até que viesse...” a palavra até não implica uma duração limitada de tempo. Se assim o fosse quando Jesus nos diz “O que tendes, rende-o até que Eu venha.” Quererá dizer que logo que Ele venha já não precisamos de ser fiéis? Não, o que Cristo nos diz é que para cada um de nós ser fiel até que Ele venha. Quando Jesus vier novamente ele vai-nos salvar e por conseguinte vamos continuar a ser fiéis a Deus. “O papel da Lei não terminou com a vinda de Cristo. Vai continuar a apontar o pecado enquanto a Lei existir. O que Paulo está a dizer é que a vinda de Cristo marca um ponto de viragem decisivo na história humana. Cristo pode fazer o que a Lei nunca pôde – prover um verdadeiro remédio para o pecado, isto é, a justificação de pecadores e, pelo Seu Espírito, o cumprimento da Sua lei na vida dele.”
Aprendemos esta semana que de maneira nenhuma a Lei que Deus deu a Moisés no Sinai não invalidou a promessa de Deus. Aprendemos também que a Lei foi dada com o intuito das pessoas terem consciência da verdadeira grandeza do pecado. O reconhecimento do pecado fazia que as pessoas tivessem a necessidade de Deus. Que nós possamos esvaziar-nos do “eu” e dar esse lugar a Deus.
Que Deus te abençoe grandemente e não te esqueças, estuda sempre a tua lição ;)