A Prioridade da Promessa

Na lição número cinco vimos que “Do princípio ao fim da vida cristã, o fundamento da nossa salvação é a fé unicamente em Cristo. Foi por causa da fé de Abraão nas promessas da Deus que Ele foi considerado justo(...) a única razão por que não somos condenados pelos nossos erros é o facto de Jesus ter pago o preço dos nossos pecados ao morrer em nosso lugar.”
“A Prioridade da Promessa” é o título da lição desta semana.
Comecemos na lição de Domingo com a leitura de Gálatas 3:15 que diz “Irmãos, falo como homem. Se o testamento de um homem for confirmado, ninguém o anula nem lhe acrescenta alguma coisa.” O que Paulo está a argumentar é que da mesma maneira que Deus prometeu ou “fez um contrato” salvar a Abraão e a sua descendência através de Cristo, a lei que viera 430 anos depois ela não podia quebrar essa promessa. A promessa de Deus é em salvar através da fé e se assim o for essa mesma promessa de Deus não poderá ser alterada pela lei. Quando Paulo nos diz que “... a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma que venha a abolir a promessa.” Ele está a referir-se à lei escrita, quando esta mesma foi dada no monte Sinai por Deus a Moisés. O objectivo dessa lei que tivera sido acrescentada foi para demonstrar ao povo o quanto eles eram pecadores e o quanto eles precisavam da salvação vinda de Deus. Paulo faz esta demonstração para mostrar aos Gálatas que antes da obediência vem a Graça de Deus. O verdadeiro objectivo de Paulo era ensinar que a salvação não depende das obras mas sim da promessa de Deus fez em salvar o ser humano. Mas será que isso quer dizer que a lei de Deus não é importante? Romanos 3:31 dá-nos uma resposta “anulamos pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes confirmamos a lei.” A própria lição diz o seguinte “Se a justificação pela fé abolisse a Lei, então não havia necessidade da morte expiatória de Cristo para libertar o pecador dos seus pecados e, por esse meio, restaurá-lo a um estado de paz em Deus.” “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para cumpri-los.” (Mateus 5:17).
Apesar de nós sabermos que Paulo na carta aos Gálatas seja contra a observância de lei como meio para a salvação ele mesmo reconhece em Romanos 3:31 que de forma alguma o evangelho anula a lei. “A Lei não se destinava a ser uma espécie de programa para se “ganhar” a salvação. Pelo contrário, foi dada, diz o apóstolo, para “aumentar mais o pecado”; isto é, para nos mostrar mais claramente o pecado da nossa vida.
Lemos em Gálatas 3:19 “...Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem a promessa tinha sido feita...” Queria Paulo com isto dizer que a lei seria anulada com a segunda vinda de Cristo? De maneira nenhuma. Quando Paulo nos diz “... até que viesse...” a palavra até não implica uma duração limitada de tempo. Se assim o fosse quando Jesus nos diz “O que tendes, rende-o até que Eu venha.” Quererá dizer que logo que Ele venha já não precisamos de ser fiéis? Não, o que Cristo nos diz é que para cada um de nós ser fiel até que Ele venha. Quando Jesus vier novamente ele vai-nos salvar e por conseguinte vamos continuar a ser fiéis a Deus. “O papel da Lei não terminou com a vinda de Cristo. Vai continuar a apontar o pecado enquanto a Lei existir. O que Paulo está a dizer é que a vinda de Cristo marca um ponto de viragem decisivo na história humana. Cristo pode fazer o que a Lei nunca pôde – prover um verdadeiro remédio para o pecado, isto é, a justificação de pecadores e, pelo Seu Espírito, o cumprimento da Sua lei na vida dele.”
Aprendemos esta semana que de maneira nenhuma a Lei que Deus deu a Moisés no Sinai não invalidou a promessa de Deus. Aprendemos também que a Lei foi dada com o intuito das pessoas terem consciência da verdadeira grandeza do pecado. O reconhecimento do pecado fazia que as pessoas tivessem a necessidade de Deus. Que nós possamos esvaziar-nos do “eu” e dar esse lugar a Deus.
Que Deus te abençoe grandemente e não te esqueças, estuda sempre a tua lição ;)

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