O Caminho Para a Fé


Na lição seis finalizamos dizendo o seguinte: “a Lei que Deus deu a Moisés no Sinai não invalidou a promessa de Deus. Aprendemos também que a Lei foi dada com o intuito das pessoas terem consciência da verdadeira grandeza do pecado. O reconhecimento do pecado fazia que as pessoas tivessem a necessidade de Deus. Que nós possamos esvaziar-nos do “eu” e dar esse lugar a Deus.”
“O caminho para a fé” é este o título da lição da Escola Sabatina número sete. Como o próprio título indica vamos ver e aprender o caminho que nos leva à fé. Se tivermos em consideração que Jesus disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (João 14:6) e se tivermos em conta que a fé vai para além do crer mas sim baseado numa relação com alguém, numa aceitação mental de Deus poderemos certamente afirmar que este Jesus é a pessoa que está interessado em nos revelar o caminho para obtermos um relacionamento com Ele.
“A lei é contra as promessas de Deus?” (Gálatas 3:21). Foi esta a pergunta feita por Paulo aos seus opositores. E porquê? Paulo sabia que os seus comentários poderiam ser entendidos como uma visão depreciativa em relação à lei pelos seus adversários e Paulo faz esta pergunta retórica à qual responde “...De modo nenhum. Pois se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.” (Gálatas 3:21). O que é que isto quer dizer? Sabemos porém que o mesmo Deus que deu a promessa da salvação também nos deu a lei e jamais poderá haver oposição uma em relação à outra porque a fonte é a mesma, Deus não se contradiz a si mesmo. Ambas têm a sua função na salvação. A lei (tal como referido na última lição) “foi dada com o intuito das pessoas terem consciência da verdadeira grandeza do pecado.”. A promessa oferece-nos a salvação por intermédio da fé em Cristo Jesus. É a promessa de que viria um Salvador e consoante a confiança que cada um de nós depositaria no Salvador poderíamos ser vivificados espiritualmente. Tal como Paulo nos diz “De modo nenhum.” poderá haver oposição. Uma mostra a nossa condição e a outra resolve-a.
Nós vemos que os Judeus opositores de Paulo tinham um conceito errado sobre a lei. E que conceito era esse? Tal como já temos vindo a estudar estes Judeus acreditavam que a lei era capaz de lhes dar a salvação. Eles estavam baseados nos cinco primeiros livros da Bíblia. Podemos ler que “Portanto os meus estatutos e os meus juízos guardareis, pois o homem que os cumprir, por eles viverá. Eu sou o Senhor.” (Levítico 18:5) e eles diziam que se esta promessa estava escrita, então é esta a promessa que nós reclamamos. A promessa era verdadeira mas isso implicaria uma obediência perfeita à lei. E como estudamos na lição número quatro, vimos que : “O Ponto que Paulo defende é que, independentemente de quão rigorosamente alguém tente seguir e obedecer à Lei de Deus, a nossa obediência nunca será suficientemente boa para Deus nos justificar, para nos declarar rectos diante de Deus (...) Paulo anuncia que isso é impossível pois isso implicaria uma observância perfeita desde o momento em que nascemos, até ao momento em que morremos e isso é impossível. Jesus foi o único a conseguir justificar-se pelas obras da lei.” Somente pela fé seríamos justificados em Cristo Jesus.
“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados.” Paulo dá à lei um papel de professor. “A palavra traduzida por “aio” (...), deriva da palavra grega paidagogos. (...) o paidadagogos também era responsável por se assegurar de que os filhos do seu senhor iam à escola e faziam o respectivo trabalho de casa.” A Lei foi ordenada por Deus para o ser humano para nos alertar para o mal que fazemos.
A lei funciona como uma espelho. Quando nos levantamos de manhã e nos vemos ao espelhos conseguimos ver o que está mal connosco (por ex.: temos a barba por fazer, cabelo por pentear, etc). Mas o espelho só nos diz o que está mal e mostra o que temos de corrigir, o espelho não corrige por si próprio. Precisamos de algo mais para transformar o que está mal.
“A lei foi dada para apontar aos pecadores a sua necessidade de Cristo. Como aio, ela faculta instrução acerca de Deus e da protecção contra o mal. No entanto, como um disciplinador, ela também aponta a nossa pecaminosidade e faz soar a condenação. Cristo liberta-nos da condenação da lei e escreve essa Lei no nosso coração.”
Que Deus te abençoe grandemente e não te esqueças, estuda sempre a tua lição ;)

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