ACÇÃO OU REACÇÃO?


Sabe mesmo bem ter alguém que nos ajude quando estamos numa crise, não é?
Alguém que te compreende sem que tu tenhas de explicar muitas coisas, que não te incomoda com perguntas curiosas, mas te escuta pacientemente - durante horas a fio se tiver de ser. Alguém que não diz - já me contaste isso duas vezes! Alguém que está sempre por perto - em todo o caso. Quando te sentes um pouco melhor, deixa-te em paz.
Se ficas para trás, ele está logo ao pé de ti, dá-te a mão e - com ou sem palavras - mostra-te: tu podes contar comigo, não te deixo só.
Sabias que na vida de Jesus houve uma noite em que Ele sentiu falta de uma pessoa assim?
Foi no Jardim de Getsêmani, a poucos passos de Jerusalém.
Jesus sentia-Se mal. Era, por assim dizer, a última paragem antes da cruz, aquela em que Ele ainda poderia sair do Seu caminho.
Atormentava-O a pergunta se Ele seria capaz de tomar sobre Si os pecados do mundo - portanto, também os teus e os meus pecados.
Ele tinha medo de sucumbir sob esta carga pesadíssima. Ele temia as consequências de um possível fracasso. O que mais Lhe custava era a ideia de que o pecado do mundo Lhe vedasse para sempre o caminho de regresso ao Pai.
Ele amava o Seu Pai acima de tudo. Ser separado d'Ele para sempre - essa ideia era absolutamente insuportável.
Consegues imaginar que Jesus sentisse a falta do apoio e da proximidade dos Seus discípulos numa situação dessas?
Seria exigir demais a todos os doze, pensou Jesus.
Por isso escolheu três deles, aqueles que Lhe estavam mais próximos: Pedro, Tiago e João.
E disse-lhes - "Quase sucumbo ao peso que tenho de carregar. Fiquem comigo e não me abandonem." Mas os três adormeceram, não só uma vez, mas repetidas vezes. De cada vez que Ele os procurava na Sua profunda dor, encontrava-os a dormir. Decepcionante, não é?
E nós? Continuamos a dormir quando Jesus nos pede acção?

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