"Perguntou-lhe Jesus: Que queres que Eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver." Marcos 10:51
Eugene era um príncipe rejeitado. Raquítico, feio, pálido, doentio e corcunda. Todos, no castelo de Luís XIV, o ignoravam.
O jovem príncipe circulava no meio das sombras do castelo, despercebido dos nobres que compareciam aos bailes e festas.
Os amigos de Eugene eram os escravos. Ninguém mais queria conversas com ele. Eugene queria ser um soldado, de modo que foi falar com Luís XIV e pediu-lhe um posto no seu exército. Luís nem olhou para ele. Este foi um dos maiores erros que o rei francês cometeu.
Eugene escapou do palácio disfarçado de mulher e fugiu para Viena, onde os turcos estavam a invadir a Europa. Ali ele conseguiu entrar no exército austríaco. Agora o príncipe era mais do que uma sombra num castelo – era um soldado, e dos bons. Aos 20 anos tornou-se oficial do exército; aos 29, marechal de campo; aos 40, comandante supremo da Áustria. Nos anos seguintes ele foi um tormento para Luís XIV, e mais tarde Napoleão o reconheceu como um dos grandes generais de todos os tempos.
Bartimeu, além de cego, sentia-se rejeitado, pois acreditava-se que uma deficiência física era castigo de Deus. Embora cego, era também decidido. Ele não ficaria calado. Quando ouviu o ruído da multidão e soube que Jesus estava vindo, sentiu que a sua oportunidade de ser curado se aproximava, e clamou em voz alta: “Jesus, Filho de David, tem compaixão de mim!”
Jesus parou e mandou chamá-lo. Bartimeu voltou a ver e tornou-se num seguidor de Jesus Cristo. E a partir daquele dia não foi mais o mesmo, pois ele sabia que tinha importância. A sua cura provava isso.
Um jovem africano foi sequestrado e forçado a cruzar o oceano num navio negreiro. Após passar meses comendo alimentos estragados, no meio de doenças, mau cheiro de dejectos humanos, e vendo muitos morrerem ao seu lado, o jovem chegou à América.
Os comerciantes empurraram-no para o local do leilão. Para surpresa de todos, este escravo não pendia a cabeça em sinal de humilhação, como a maioria. Mantinha-se erecto, com o peito aberto, o queixo erguido, e o olhar altivo. A multidão, agitada, murmurava. Por que é que este escravo era tão diferente?
O mercador de escravos sabia a razão, e disse ao povo: ‘Este jovem é filho de um rei na África, e não consegue esquecer-se disso.
Creio que Bartimeu sentiu a mesma coisa após se encontrar com Jesus: Tal qual tu e eu, ele era filho de um Rei, e jamais se esqueceria disso.
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