"Então, o diabo O levou à Cidade Santa, colocou-O sobre o pináculo do templo e Lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-Te abaixo, porque está escrito: Aos Seus anjos ordenará a Teu respeito que Te guardem; e: eles Te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra." Mateus 4:5, 6
Quando Jesus foi baptizado, Satanás ouviu muito bem a voz do céu que disse: “Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo” (Mt 3:17). Nessa ocasião o semblante de Cristo resplandeceu à luz do céu. Entretanto, após 40 dias de jejum, no deserto, Sua aparência tinha mudado muito. Estava agora pálido, esgotado, magro e mais parecia um ser humano a ponto de morrer do que o Filho de Deus. Daí a dúvida que o diabo tentou lançar na mente de Jesus, começando as duas primeiras tentações com as palavras: “Se és Filho de Deus...”
Essas tentações, na verdade, consistiam em levar Jesus a usar o Seu poder em benefício próprio. Mas Jesus tinha concordado em viver como ser humano e em não usar qualquer tipo de poder que não nos estivesse disponível. Como seres humanos, temos acesso ao poder que vem do alto, não de dentro de nós. Jesus tinha acesso ao poder dentro de Si, mas não poderia utilizá-lo se quisesse salvar a humanidade. O diabo não nos pode tentar nesse aspecto, pois não temos poder próprio. Jesus tinha.
O âmago dessas tentações era o seguinte: “Será que confias em Deus o suficiente para esperar que Ele te diga o que fazer? Ou resolverás o problema por Ti próprio e agirás independentemente?” Raoul Dederen diz: “Quando tu e eu somos tentados hoje, a situação é a mesma. Quando caminhamos pelas ruas da cidade, ou quando assistimos à televisão, ou conversamos, lemos um livro, ou nos deitamos – qualquer que seja a forma que a tentação assuma, o ponto crucial é este: Continua Deus a ser o primeiro na minha vida? Submeto-me à Sua palavra, ou tomo as rédeas nas minhas próprias mãos?”
Na segunda tentação, o diabo citou as Escrituras, mas fora de seu contexto. Para provar que o diabo tinha aplicado mal as palavras do Salmo 91:11, 12, Jesus citou outro texto: Deuteronômio 6:16: “Não tentarás o Senhor, teu Deus”, cujo contexto estabelece as circunstâncias sob as quais as bênçãos de Deus devem ser solicitadas (v. 17-25). Isso significa que, além de conhecer bem as Escrituras, é preciso conhecer também a vontade de Deus.
“Cristo não venceu só porque citou as Escrituras, como alguns pensam. Ele venceu porque colocou Deus em primeiro lugar”. (Raoul Dederen)
Este é o segredo da vitória.
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