A Unidade do Evangelho

A lição desta semana intítulada de "A Unidade do Evangelho" é nada mais nada menos que a continuação do estudo da carta aos gálatas, escrita pelo apóstolo Paulo. Tivemos a oportunidade de estudar mais especificamente sobre a importância da unidade no evangelho. E é uma parte tão importante naquele tempo como ainda hoje o é para nós.
Sabemos que Paulo, pós conversão, fez de tudo para sublinhar a importância da unidade dentro da própria igreja. Paulo, como todos nós sabemos, era acusado pelos judeus cristãos, que pertenciam ao partido fariseu, de não ser um verdadeiro apóstolo de Deus e o que Paulo pregava aos gentios ia contra e não a favor da unidade. Daí que "os falsos mestres (...) afirmavam que o evangelho de Paulo não estava em harmonia com aquilo que Pedro e outros apóstolos ensinavam". E, como nos é dito em Gálatas 2:1, Paulo vê-se na obrigação de voltar para Jerusalém, que era onde se encontrava a sede da igreja apostólica, para dar conta do evangelho que pregava. Paulo reuniu-se então com os principais apóstolos e, como já era de esperar, todos chegaram à conclusão que aquilo que Paulo pregava não tinha qualquer tipo de divergência e as acusações feitas contra ele eram falsas. A lição de Domingo diz-nos que Paulo "Certamente que não foi porque tivesse qualquer dúvida acerca daquilo que estava a ensinar. Certamente que ele não precisava de nenhum tipo de confirmação da parte deles. Afinal, ele já andava a proclamar esse mesmo evangelho há catorze anos. Embora ele também não necessitasse da sua permissão ou aprovação atribuía grande valor ao apoio e encorajamento da parte dos apóstolos.". Note-se que Paulo nos dá também um exemplo de uma humildade extrema, humildade essa que manteve entre os apóstolos e assim sucessivamente a união entre os cristãos.
Mas porquê esta controvérsia toda à volta da circuncisão? Não será difícil para nós, compreendermos a posição dos cristãos judeus. Esses mesmos judaizantes podiam até pegar no exemplo de Jesus que também tivera sido circuncidado e como a lição de Segunda-Feira no diz no final do 2º parágrafo "Ela representa um despojar-se da confiança em nós mesmos e, em seu lugar, representa a dependência fiel de Deus.". Esta circuncisão era sem dúvida um sinal da aliança de fazer parte do povo de Deus. Em Actos 15:1 os cristãos judaizantes diziam ao gentios que "...Se não vos circuncidares, conforme o rito de Moisés, não podeis ser Salvos." era esta a enorme importância que eles davam à circuncisão. Paulo contradizia isto mesmo, alegando que isso não era verdade e daí toda esta disputa à volta da circuncisão. Ainda assim "Seria um erro pressupor que o apóstolo Paulo se opusesse à circuncisão. O que Paulo objectava era a insistência de que os gentios eram obrigados a submeter-se à circuncisão. (...) A salvação ou é só pela fé em Cristo, ou é uma coisa que se adquire pela obediência humana.". Era esta a ideia que Paulo transmitia aos gentios.
Um pouco mais à frente aparece-nos Pedro e vemos algo de muito interessante. (Lição de Quarta-feira) "...Pedro fez uma visita à Antioquia, (...) Pedro comia à vontade com os crentes gentios, mas, quando lá chegou um grupo de cristãos judaicos enviados por Tiago, Pedro - receoso do que estes pudessem pensar - alterou totalmente o seu comportamento." Sabemos porém que não tivera sido só Pedro a afastar-se mas também Barnabé com medo do apontar do dedo por parte dos judeus cristãos porque "Como muitos Judeus consideravam os gentios como impuros, era prática entre eles evitar tanto quanto possível o contacto social com os gentios.". Mas acontece que Paulo se apercebeu de tal sucedido e diz-nos em Gálatas 3:28 que "Desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus.". Mais uma vez um exemplo da humildade de Paulo e que, sem dúvida alguma, foi importante para os que ali se encontravam, não só para Pedro, porque demonstrou-lhes como aquilo estava errado e como todos em excepção tinham direito à salvação.
Em jeito de conclusão "Mesmo os melhores dos homens, se entregues a si mesmos, cometerão falhas graves. (...) Em Antioquia, Pedro fracassou nos princípios de integridade. Paulo teve de confrontar face a face a sua influência subversora. Isto ficou escrito para que os outros possam tirar proveito disso, e para que não fracassem na integridade, mas sigam de perto os princípios."
Aceitemos entregar o nosso coração a Jesus. Se ele for o centro da nossa vida, certamente que não vamos fracassar e aceitaremos e compreenderemos como a diversidade na nossa igreja pode ser importante para o seu enriquecimento.
Que Deus te ajude, e que possas estudar sempre a lição da Escola Sabatina ;)

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