A Autoridade e o Evangelho de Paulo

Antes de entrarmos no tema da lição número 2, é bom relembrar alguns aspectos importantes da semana passada. Se estivermos bem recordados, certamente que nos lembraremos que Paulo era chamado de Saulo um perseguidor furtivo dos cristãos naquela altura. Só existiu uma mudança quando Jesus entreviu na sua vida e Saulo começou a ser chamado de Paulo. Nesse momento Paulo reconheceu o verdadeiro Messias e Jesus teve uma missão para Paulo.
A lição desta semana intítulada de "A Autoridade e o Evangelho de Paulo" é a continuação da história do apóstolo Paulo na carta aos Gálatas que foi escrita entre os anos 50 e 60 da nossa era.
Cada carta tem um objectivo por parte do seu autor, e é esse mesmo objectivo que vamos analisar.
A carta aos Gálatas começa com uns versículos muito interessantes em que Paulo reconhece que não era um apóstolo chamado da parte de ninguém se não somente Jesus. "Paulo, apóstolo (não da parte de homens, nem por homens algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)." (Gálatas 1:1). A própria lição de Domingo remete-nos para essa ideia "Quando Paulo escreveu aos Gálatas, não estava a tentar criar uma obra-prima literária. Em vez disso, sob a orientação do Espírito Santo, Paulo estava a tratar de situações específicas..." (1º parágrafo).
É interessante ver que Paulo no início desta carta, ao contrário de Filipenses ou colossenses por exemplo, começa por defender os seus fundamentos apostólicos. Isto acontece porque muitas das pessoas a quem Paulo se dirigia eram de origem pagã e não estavam satisfeitos com a mensagem de Paulo e daí a sua necessidade em focar que nada vinha da parte dele, mas sim de Deus. É-nos dito na lição Segunda-feira que "Estes perturbadores eram subtis.(...) Consequentemente, argumentavam que a sua mensagem era uma mera opinião própria, não era a Palavra de Deus.". É bom saber que esses judeus do partido fariseu não contestavam directamente a autoridade de Paulo. A verdadeira contestação era que o ensinamentos de Paulo ia contra a "palavra" desses judeus.
"Admira-me que tão depressa estejais passado daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho." (Gálatas 1:6). A palavra "Admira-me" no início do versículo seis até pode ser entendido como uma acusação de Paulo aos gálatas, pois os cristãos fariseus estavam a levar os gálatas "...para outro evangelho.". Embora todos usassem as escrituras o problema era a interpretação que cada um tirava a partir da Palavra de Deus. Mais uma vez era a contradição entre o que Paulo pregava e o que os cristãos fariseus acreditavam. A lição até dá o nome de "opositores de Paulo"."Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema" (Gálatas 1:8) portanto a conclusão de Paulo é que não pode haver contradição dentro do mesmo evangelho, alguém tinha de estar errado.
A questão que estava a dividir Paulo e os judeus fariseus era: "como é que nós somos aceites por Deus? Como é que somos tornados justos diante de Deus?" Paulo dizia que era pela fé unicamente em Cristo e os judeus diziam que era pela observância da lei de Moisés.
Mas como nos diz a nossa irmã Ellen White "Era impossível, por argumentos das Escrituras, derribar as doutrinas ensinadas por Paulo; daí que recorressem às medidas mais infames para contrariar a sua influência e enfraquecer a sua autoridade. Declaravam eles que Paulo não fora discípulo de Jesus e que não recebera nenhum mandado da Sua parte;"
"A alma de Paulo ficou estarrecida ao ver os perigos que ameaçavam destruir rapidamente estas igrejas. Imediatamente escreveu aos Gálatas, expondo as falsas teorias daqueles mestres e, com grande severidade, censurando aqueles que se tinham afastado da fé.".
É curioso ver que Ellen G. White usa uma expressão para descrever a forma como Paulo defendia o evangelho de Deus "com grande severidade, censurando aqueles...", o que nos faz relembrar que realmente os dons que Paulo tinha (em Saulo) continuavam presentes e agora usados para defender a Cristo.
Esta semana aprendemos que Paulo escreveu esta carta para fazer face a 3 problemas presentes nas comunidades cristãs que ele tinha fundado. Uma era a contrariedade da doutrina por ele mesmo pregada em relação ao que os judeus ensinavam. O segundo problema prendia-se com a autoridade apostólica de Paulo que tivera sido colocada em causa por esses mesmos judeus. Por fim Paulo contesta a pouca resistência que os gálatas tiveram oferecido a estas duas questões e para além disso se tinham deixado levar abandonando as bases seguras do evangelho.
Bom Sábado e não te esqueças, estuda sempre a tua lição. ;)

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